Palácio dos Bandeirantes

Após o redesenho do projeto que havia ganhado o concurso para as Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo no vale do Anhangabaú, o conde Matarazzo Junior deu continuidade à parceria preestabelecida solicitando ao famoso arquiteto italiano Marcello Piacentini e seu colaborador Vittorio Morpurgo um projeto para a construção da “Universidade Commercial Conde Francisco Matarazzo” em um vasto terreno na região do Morumbi.

Apesar dos primeiros estudos datarem de 1939, o contrato só foi realizado 7 anos mais tarde, e o anteprojeto entregue entre 1948 e 1949. A questão é que por conta de novas exigências e desentendimentos contratuais, a colaboração foi encerrada e o edifício passou pela mão de outros projetistas como o arquiteto, também italiano, Giuseppe Crosa di Vergagni e o engenheiro Francisco da Nova Monteiro.

O edifício, que fora em um primeiro momento concebido na lógica racionalista de Piacentini/Mopurgo, adquiriu em um segundo momento, elementos curvilíneos e o grande frontão que marcam a fachada atual. Alguns elementos persistiram, como o grande hall central, as galerias e o auditório, além da loggia da fachada – que embora estivesse presente no primeiro projeto, se destacou levemente do corpo central do edifício, uma vez que os andares superiores foram recuados, e ganhou ornamentações em baixo-relevo, alterando a percepção geral do edifício.

O Governo adquiriu o prédio ainda incompleto, com a desapropriação realizada em 1964, já prevendo as adaptações necessárias para abrigar a nova destinação de uso como sede do Executivo estadual e residência do governador. Inaugurado oficialmente em 1970, o palácio contou com a decoração Terri dela Stufa e importantes coleções de arte brasileira, mobiliário, imaginária e prataria colonial.

Tombado pelo Conpresp em 2016, mantém a sua função como sede do Executivo do Estado de São Paulo.