Tommaso Gaudenzio Bezzi

Tommaso Gaudenzio Bezzi (Torino, Piemonte, 1844 – Rio de Janeiro, RJ, 1915) Engenheiro e arquiteto italiano.

Ainda adolescente, participou da campanha de Garibaldi em 1860 pela unificação italiana. Ferido em Milazzo e em Cápua, ganhou uma medalha de prata por sua atuação no combate. De volta a Turim, matriculou-se no politécnico e formou-se em engenharia. Em 1866 lutou em Custoza como oficial do regimento de cavalaria e em 1868 partiu para o Uruguai. De lá mudou-se para a Argentina e em 1875 fixou-se no Brasil.

Estabeleceu-se primeiramente no Rio de Janeiro, onde firmou-se como construtor, tornando-se conhecido por suas notáveis ​​qualidades como arquiteto: projetou residências para as famílias nobres do Rio de Janeiro, o Clube Naval (1877), o Banco do Comércio (hoje demolido, inaugurado em 1882). Também fez amizade com personalidades ilustres da vida política local, como Barão do Rio Branco, Joaquim Nabuco, Quintino Bocaiuva, Ruy Barbosa. Tomada como esposa Francisca Nogueira da Gama Carneiro de Bellens, de família muito nobre, ingressou no círculo do imperador Pedro II. Sempre ligado à Itália, fundou algumas associações de fundo patriótico, como os “Sobreviventes das batalhas da pátria”, os “Veteranos e Veteranos”, a “União Beneficente”. Além da Itália, recebeu prêmios e honrarias da Inglaterra (foi eleito membro honorário do Instituto de Engenheiros Civis de Londres) e da França (é oficial da legião de honra). A obra, porém, à qual sua fama se consagra é o monumento à independência do Brasil em São Paulo, no morro do Ipiranga (atual Museu da Independência).

Tommaso Gaudenzio Bezzi não tinha colaboradores: adorava desenhar pessoalmente seus próprios projetos, nos mínimos detalhes. Apaixonado colecionador de obras de arte, antiguidades, produtos do artesanato brasileiro, passou os últimos anos de sua vida catalogando e ordenando suas coleções. Faleceu no Rio de Janeiro em 23 de maio de 1915.