Residência Ernesto Dias de Castro – Casa das Rosas

O edifício do atual Centro Cultural Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, antiga Residência Ernesto Dias de Castro representa o período dos palacetes ecléticos da Avenida Paulista, construídos no início do século passado até a década de 1930, por industriais e comerciantes enriquecidos. É, de fato, um dos raros exemplares remanescentes da destruição dos prédios históricos da Avenida Paulista, em 1982.

Construído pelo Escritório F. P. Ramos de Azevedo, Severo & Villares, razão social do escritório após a morte de Ramos de Azevedo, com autoria do arquiteto italiano Felisberto Ranzini, o edifício foi concebido como residência para uma das filhas de Ramos de Azevedo, Lúcia Ramos de Azevedo e seu marido, Ernesto Dias de Castro. Foi abitada também pelo filho do casal Ernesto Dias de Castro e Anna Rosa, sua esposa.

De estilo eclético, a residência conta com quatro pavimentos: sótão, porão, andar térreo e andar superior, que abrigam oito quartos, escritório, salas, cozinha, copa, mansarda e lavanderia. Além da generosa varanda no pavimento térreo que funde de terraço descoberto para o andar superior. O telhado, bastante inclinado, revela suas telhas em ardósia.

O imóvel, tombado em 1985 pelo CONDEPHAAT, foi desapropriado pelo Governo do Estado de São Paulo no ano seguinte e passou por reformas até 1991 quando foi inaugurada a Casa das Rosas – Galeria Estadual de Arte. Em 2003, o edifício foi novamente fechado para manutenção e reformas adicionais, sendo reinaugurado em dezembro de 2004 e renomeado para Espaço Haroldo de Campos, homenageando o homônimo poeta falecido no ano anterior, com a missão de ser um local destinado não apenas às artes como um todo, mas especificamente à poesia.