Residência Felisberto Ranzini – Casa Ranzini

A Residência do arquiteto ítalo-brasileiro Felisberto Ranzini, conhecida como Casa Ranzini, foi projetada e construída pelo próprio arquiteto, profissional de reconhecida relevância no panorama cultural paulistano do século XX.

O terreno pertencia a Elvira Giubergia, na época, à Rua Santa Luzia, número 3 – atual 31. Não se sabe ao certo a data do projeto, que leva apenas a sua assinatura e a identificação da disposição dos cômodos, mas pode-se inferir a data de conclusão das obras pelo registro em seu frontão: 1924.

Residência eclética ao estilo florentino, a Casa Ranzini tem dois pavimentos, o térreo e o primeiro andar, além de um porão habitável. A entrada lateral coberta leva ao hall, que dá acesso à sala de visitas, com vista para rua Santa Luzia e, à sala de jantar, de onde sai um corredor para a copa e cozinha, passando pelo escritório do arquiteto e por um lavabo. Na copa encontram-se as escadas internas que levam ao porão, que possui planta similar, enquanto a compartimentação dos ambientes, ao pavimento térreo: sob a copa e a cozinha, está a dispensa; sob o lavabo, uma câmera escura, que era o laboratório fotográfico de Ranzini; sob o escritório, uma adega; sob a sala de jantar, entrada e hall, dois depósitos com portas independentes para a área externa; e, sob a sala de visitas, um cômodo identificado como “malas”. No pavimento superior está disposta a área privativa da residência, subdividida em quartos e banheiro, além dos terraços: um coberto na lateral sobre a entrada e um descoberto aos fundos. Também posicionada no fundo do terreno, e posteriormente construída, está a garagem.

A casa foi, de fato, residência da família por três gerações, mantendo assim praticamente todas as suas características originais. Vendida pelos netos de Felisberto Ranzini, Renzo Emiliano Ranzini e Lello Sisto Ranzini, no ano de 2006, foi restaurada no ano seguinte e transformada em um espaço de arte e cultura.