Colégio N.D. de Sion de São Paulo

O Colégio Nossa Senhora de Sion teve relação direta com a trajetória social da cidade, desempenhando um importante papel em São Paulo ao atender à demanda da burguesia emergente. Se configurou como um espaço de autorreconhecimento dessa classe social que buscava se integrar ao processo de socialização da elite paulistana.

A Congregação Nossa Senhora de Sion instalou na cidade de São Paulo uma escola que em pouco tempo apresentou mais demanda do que o espaço físico podia comportar, então as religiosas, em 1902, adquiriram um terreno, que pertencia ao antigo Hotel Higienópolis, para a construção de um novo prédio. Para executar a obra do Colégio Sion foi contratado o Escritório Técnico Ramos de Azevedo que projetou, em estilo eclético, o corpo principal do edifício de quatro pavimentos, incluindo o subsolo. O projeto é do próprio arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo em colaboração com o arquiteto italiano Domiziano Rossi.

O projeto previu a construção de um hall central, capela, cozinha, copa, despensa, refeitório e dormitórios. Destacam-se as dimensões da construção que conta com um pé direito de cinco metros de altura e paredes externas com cerca de um metro de largura, formando uma sólida construção, erguida sob alicerces de pedra. A outra ala, que completa o prédio, foi construída entre 1910 e 1926 e a capela, em 1941.

O terreno hoje ocupado pelo Colégio Nossa Senhora de Sion tem, ao todo, 17.117m², sendo que, deste total, cerca de 11.783m² são área construída, completamente rodeada por jardins.

O seu processo de tombamento, registrado sob o nº 24168/86 junto ao Condephaat, foi ao encontro de uma intensa campanha de ex-alunas da instituição, apoiadas por vizinhos e pela comunidade local, favorável a sua preservação inalterada.