Mercado Municipal de Campinas

Concebido no início do século XX, em um momento de fortes ideais higienistas e novas noções de salubridade, o edifício localizado no centro de Campinas foi construído a partir da proposta feita por Luiz Nogueira à Câmara Municipal.  Inaugurado em 1908, trata-se do mais antigo centro de compras da cidade.

O projeto do novo Mercado Municipal de Campinas ficou a cargo do arquiteto-engenheiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo, o qual elegeu o arquiteto Augusto Fried para a fiscalização das obras, estas, de responsabilidade dos irmãos Mazzini.

Localizado no centro da cidade, o terreno cedido pela Câmara a pedido de Luiz Nogueira está entre as ruas Barreto Leme, Álvares Machado, Benjamin Constant e atual rua Dr. Ernesto Kuhlmann, antiga José de Alencar. A inauguração do novo entreposto também estava relacionada com as atividades da Estrada de Ferro Funilense e a expansão de sua linha férrea, com a qual Ramos de Azevedo estava envolvido. Assim, construiu-se adjacente ao mercado, uma nova estação da Estrada de Ferro Funilense, denominada Carlos Botelho.

Com uma área total de aproximadamente 7300 m² e 3110 m² de área construída, o edifício foi projetado em um pavimento. O arquiteto-engenheiro distribuiu o programa em um arranjo racional, em uma planta retangular, na qual os acessos localizam-se ao centro das quatro fachadas.

Executado em alvenaria de tijolos, em apenas um ano, o mercado apresenta elementos de inspiração mourisca.

Desde 1983, o edifício goza de proteção estadual pelo Condephaat ー Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico  (Processo n°22362/83 – Resolução n° 1 de 24/01/83). Também foi tombado na esfera municipal, pelo órgão Condepacc ー Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas, em 1995 (Processo n° 07/95 – Resolução n° 142 de 22/10/2015).