Palacete Ordine

O palacete, construído por Angelo Rossin, substituiu a antiga “Casa da Mangueira de José Ordine”. Foi o primeiro edifício a apresentar uma linguagem moderna e industrial, pois agregou à edificação anterior elementos industrializados, como chapas metálicas, parafusos, perfis, rebites, engastes etc. Originalmente, a área destinada ao estabelecimento comercial voltava-se para a Praça Cônego Joaquim Alves e a área residencial para a Rua Celso Garcia. Tal hierarquização se manifesta diretamente no tratamento estético conferido à cada uma das fachadas.

Contrariando a antiga ordem, as pilastras da residência não são apoiadas na base do edifício, mas possuem um tipo de soco de recorte preciso, distinto do fuste por seis pequenas incisões horizontais. A sustentação das pilastras por sua vez vem do alto, mais precisamente da cimalha que coroa a edificação. Destacam-se os elementos de ferro vazados que encimam a platibanda.

Já a fachada comercial conta com largas faixas horizontais que servem como braçadeiras e que, ao transpassar sob as pilastras, se amoldam aos rebaixos das ombreiras das portas

Originalmente, a residência tinha dois salões para comércio, doze cômodos assoalhados e forrados, quatro cômodos ladrilhados e forrados e uma longa varanda fechada por gradil. No quintal, havia ainda uma casa de tijolos com três cômodos.