Residência Josepha Pasqui Fioretti

O prédio da Exma. Sra. Dna. Josepha Pasqui Fioretti foi um dos poucos exemplares em estilo art nouveau construídos na cidade. Não foram encontrados dados sobre a proprietária, mas, seu esposo, Oreste Fioretti, era comerciante. Na relação de empresas de alimentos levantada por Marques (2018) no período de 1891 a 1910, consta o nome de O. Fioretti como proprietário de uma fábrica de balas e bombons, em 1908.

O projeto desta edificação é datado de 1911 e, assim como em muitos projetos de Carlos Barberi, não consta a sua assinatura. Já na “Relação das plantas de construcção e reconstrucção appovadas pela Camara”, o nome de Carlos Barbieri é apresentado como o arquiteto responsável pelo projeto. Nesses registros, porém, o termo “arquiteto” era utilizado para designar tanto o projetista quanto o responsável pela construção, em muitos casos, o mesmo profissional. Além de arquiteto, Barberi também atuava como marmorista, conforme aponta Lima (2020).

O terreno do casal Fioretti situa-se na esquina das ruas Mariana Junqueira e Barão do Amazonas. Na planta não há qualquer indicação do programa previsto, mas o arranjo interno aponta para um conjunto de três casas, sendo duas delas geminadas. Os acessos previstos no projeto são independentes, sendo dois voltados para a Rua Barão do Amazonas e um para a Rua Mariana Junqueira. No entanto, apenas as residências geminadas, na esquina, foram construídas, conforme consta na Planta Cadastral de Ribeirão Preto de 1918. Assim a edificação construída tinha um formato em “U”, o que conforma um grande pátio ao centro, indicado como quintal na planta, separado por um muro.  No texto escrito ao lado da planta, lê-se: “declaro mais em abaixo assignado de dar a altura nos predios da Rua Barão do Rio Branco igual a do da rua D. Mariana Junqueira obedecendo o Codigo de Postura Municipal. A roga da Signora Josepha Pasqui Fioretti e Oreste Fioretti”.