Residência Geminada Giuseppe Rossi
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Giuseppe (José) Rossi foi proprietário de diversos imóveis na área central de Ribeirão Preto, voltados tanto para uso residencial quanto comercial. A residência geminada na Rua Saldanha Marinho foi encomendada ao italiano Aristides Finotti, a quem Rossi também encomendou outros projetos ao longo das décadas de 1910 e 1920, inclusive de sua própria residência.
Aristides Finotti foi licenciado como projetista construtor e atuou em Ribeirão Preto nas primeiras décadas do século XX (LIMA, 2020). De acordo com os registros dos Livros de Registro da Hospedaria dos Imigrantes, Finotti chegou ao Brasil entre 1887 e 1978.
A edificação, localizada em um terreno de meio de quadra na região central de Ribeirão Preto, possui cômodos distribuídos em um único pavimento. No projeto apresentado para aprovação junto à Câmara Municipal, não consta a identificação dos espaços internos em planta, porém, a presença de um amplo cômodo voltado à frente da edificação e a sequência de portas que se abrem diretamente para a rua indicam um imóvel de uso misto. No início do século XX, era bastante comum que os comerciantes habitassem nos fundos de seus estabelecimentos ou, no caso de imóveis assobradados, no pavimento superior. Aqui, os salões ficam localizados na parte frontal do lote, enquanto as moradias ficam nos fundos. O volume frontal está implantado sem recuos laterais, de modo que o acesso às residências é feito por dentro de cada um dos salões comerciais. Já o volume posterior, onde se concentram os espaços de morar, é afastado 1,5m dos limites laterais. A parede de meação tem espessura maior do que as demais, em atendimento às exigências do código de posturas. A residência é distribuída em quatro cômodos e se conecta a um corredor nos fundos do lote por meio de uma pequena escada.
A fachada é marcada por uma sequência de aberturas e pilastras. De acordo com as cotas indicadas em planta e com a representação da fachada, as portas centrais de cada um dos salões comerciais seria mais larga do que as demais, com 1,80 de largura. Já na observação feita sobre a prancha, lê-se: “Declaro que as portas será [sic] no mínimo de 1m30 de largura”. Nota-se ainda que todas as portas possuem bandeiras de ferro e vidro. As superfícies parietais são dotadas de frisos e a edificação é encimada por uma platibanda com relevos geométricos.
Outras Informações
Giuseppe (José) Rossi foi proprietário de diversos imóveis na área central de Ribeirão Preto, voltados tanto para uso residencial quanto comercial. A residência geminada na Rua Saldanha Marinho foi encomendada ao italiano Aristides Finotti, a quem Rossi também encomendou outros projetos ao longo das décadas de 1910 e 1920, inclusive de sua própria residência.
Aristides Finotti foi licenciado como projetista construtor e atuou em Ribeirão Preto nas primeiras décadas do século XX (LIMA, 2020). De acordo com os registros dos Livros de Registro da Hospedaria dos Imigrantes, Finotti chegou ao Brasil entre 1887 e 1978.
A edificação, localizada em um terreno de meio de quadra na região central de Ribeirão Preto, possui cômodos distribuídos em um único pavimento. No projeto apresentado para aprovação junto à Câmara Municipal, não consta a identificação dos espaços internos em planta, porém, a presença de um amplo cômodo voltado à frente da edificação e a sequência de portas que se abrem diretamente para a rua indicam um imóvel de uso misto. No início do século XX, era bastante comum que os comerciantes habitassem nos fundos de seus estabelecimentos ou, no caso de imóveis assobradados, no pavimento superior. Aqui, os salões ficam localizados na parte frontal do lote, enquanto as moradias ficam nos fundos. O volume frontal está implantado sem recuos laterais, de modo que o acesso às residências é feito por dentro de cada um dos salões comerciais. Já o volume posterior, onde se concentram os espaços de morar, é afastado 1,5m dos limites laterais. A parede de meação tem espessura maior do que as demais, em atendimento às exigências do código de posturas. A residência é distribuída em quatro cômodos e se conecta a um corredor nos fundos do lote por meio de uma pequena escada.
A fachada é marcada por uma sequência de aberturas e pilastras. De acordo com as cotas indicadas em planta e com a representação da fachada, as portas centrais de cada um dos salões comerciais seria mais larga do que as demais, com 1,80 de largura. Já na observação feita sobre a prancha, lê-se: “Declaro que as portas será [sic] no mínimo de 1m30 de largura”. Nota-se ainda que todas as portas possuem bandeiras de ferro e vidro. As superfícies parietais são dotadas de frisos e a edificação é encimada por uma platibanda com relevos geométricos
Documentos Correlatos
Título: Livro de Registro da Hospedaria dos Imigrantes. 1877-1978
Autor/ Produtor: Hospedaria dos Imigrantes
Ano: 1877-1978
Fonte: Arquivo Público do Estado de São Paulo
Título: Planta Cadastral de Ribeirão Preto contendo dados relativos à canalização de Água e Exgottos
Autor/ Produtor: Raphael Schettini
Ano: 1918
Fonte: Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto
Referências
LIMA, Ana Carolina Gleria. Casa e documentação: a história contada através de um acervo de projetos. Brasil. 2020. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. São Carlos, 2020. doi: https://doi.org/10.11606/T.102.2020.tde-30042021-072956. Acesso em: 2020-01-20.