Residência Alcides de Souza e Silva

Ao ser contratado pelo proprietário para a execução da obra, foi exigido a Angelo Rossin que, além dos cômodos
habituais, a casa contasse com despensa, banheiro e até mesmo uma alcova. Todos os cômodos deviam ser assoalhados e forrados com ventiladores, sendo a cozinha e o porão ladrilhados. Vale ressaltar que essa foi a primeira casa a ter um porão utilizável. Ademais, foi especificado a origem dos materiais que seriam usados, como alicerces de pedras oriundos de Visconde de Parnaíba, tijolos fabricados em Pontal e telhas de Mogi Guaçu (DUTRA, 1993).
O imóvel foi implantado sem recuo frontal e dos fundos, mantendo apenas recuos laterais, tendo sua entrada
principal pela direita acessada pelo alpendre a entrada de veículos à esquerda.
Apesar de ser uma edificação tradicional – contendo cornija e ático, por exemplo -, sua fachada incorpora certa influência do art nouveau, sendo simétrica e ritmada por curvas e contracurvas estruturadas por algumas horizontais e verticais. Suas janelas em arco pleno, por sua vez, são unidas em duplas por molduras circulares terminadas em
volutas, apoiadas em um friso horizontal. Os painéis em um quarto de círculo sob as janelas estão dispostos de forma a ampliar as verticais das ombreiras externas das aberturas, já os respiradouros do porão encostam-se à moldura curvilínea que desce das janelas até a base da fachada, restabelecendo os dois semicírculos vazados do ático
Outras Informações
Não identificadas
Documentos Correlatos
Não identificados
Referências
DUTRA, Maria Stella Teixeira Fernandes. A Arquitetura de Batatais 1880 a 1930. 1993. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1993. 2v.